Saia justa eu tive uma vez, na faculdade. Eu era mágico num grupo de teatro para entidades assistenciais e abri aquela caixinha, da qual tiramos lenços. Então perguntei para a platéia: “O que tem aqui dentro?” E o pessoal respondeu: “Um espelho!” Eles viram o truque da mágica!
Como profissional eu me lembro de uma palestra que dei para funcionários do Banco do Brasil, de várias agências, que foram reunidos para um evento de três dias de treinamento. Fechei o evento e até brinquei que eu acabei com o evento deles!
Porque no encerramento contei que meu pai foi funcionário do banco até se aposentar, depois faleceu e eu fui criado na família Banco do Brasil e era sempre aconselhado pela minha mãe a seguir carreira lá porque existia a possibilidade de se ter uma vida muito boa.
Aquilo tinha um lugar muito forte no meu coração. Dei a palestra com o coração na mão, porque eu estava falando para as pessoas que eram amigas, que eu nunca conheci, mas que viviam no mesmo ambiente em que eu vivi. E no final da palestra eu quis brincar com a idéia, que minha mãe sempre falava: “Filho vá trabalhar no Banco do Brasil!”.
Eu contei essa história para eles e tentei brincar com isso no final, dizendo: “Gente, vou sair daqui agora e vou ligar para minha mãe, e vou dizer para ela que agora eu trabalho no Banco do Brasil!”.
Mas quando eu fui falar isso, me deu um nó na garganta, vieram à tona todos os sentimentos que tinha de infância e eu comecei a chorar na frente da platéia. Logo, não falei mais nada, o que eu fiz foi baixar a cabeça e sair. Uma pessoa que estava me acompanhando percebeu e correu lá para encerrar.
Eu pensei que seria expulso do recinto, mas pelo contrário, as pessoas vieram me abraçar, muitas delas chorando, emocionadas, porque realmente foi um discurso de coração para coração.
É um privilégio que você tem nesta área, quando você pode falar assim com as pessoas.
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07/02/2007
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