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14/08/2015

Maximizar a producao do palestrante

Sempre que me perguntam como consigo administrar meu tempo para ter uma produção considerável de textos, vídeos e áudios, eu digo que faço tudo mal feito e assim consigo fazer mais. Como assim? Bem, se você precisa enviar um bilhete para alguém não precisa digitar aquilo, passar no corretor ortográfico, escolher uma fonte bonita, revisar etc. É só um bilhete, então escreva à mão em papel de pão.




Isso tem a ver com a lógica fuzzy, um conceito que é utilizado na fabricação de microchips que não necessitam de grande qualidade e precisão por causa do modo e lugar como serão utilizados. Um componente eletrônico para o controle de voo de um grande avião precisa ter qualidade total e precisão absoluta. O mesmo tipo de componente, porém para utilização em máquinas de lavar roupas, não precisa ser tão preciso. Se o processo atrasar ou adiantar um segundo não vai causar nenhum desastre, a menos que a patroa esteja de mau humor.

Portanto, um dos segredos de ter uma grande produção é trabalhar em modo fuzzy. O outro é maximizar a produção, algo como se você vai cozinhar um frango para fazer coxinha, cozinhe dois e guarde o outro para fazer empada. Então, quando faço algo eu sempre penso em como aproveitar aquele tempo e energia para ter mais coisas feitas com o mesmo esforço produtivo. Exemplo? Pense no idoso com dificuldade para se agachar e levantar outra vez. Quando agacha para pegar algo no chão diz consigo mesmo: "Já que estou aqui, o que mais poderia fazer?".

Veja as imagens abaixo para entender. Quando escrevo uma crônica, permito que todo mundo copie gratuitamente, o que leva meu nome de montão para sites, blogs, jornais, revistas, redes sociais etc. Publicidade, meu caro, publicidade! Depois de um tempo, reúno as crônicas de um mesmo tema e publico um livro com aquela coletânea.

O mesmo com entrevistas, que prefiro sempre dar por e-mail. Assim, mesmo que o jornal, site ou revista publique apenas uma frase das duzentas perguntas que o jornalista fez, eu mantenho as respostas que depois publico em meu site na forma de um artigo que será acessado por profissionais e acadêmicos. Mas não termina aí. Eventualmente escolho algumas entrevistas e gravo um vídeo que vai para a TV Barbante (se você entendeu lógica fuzzy vai entender o nome de meu canal no Youtube, amarrado com barbante). Uma mesma entrevista vira texto e vídeo.

Quer mais? Tenho um trabalho paralelo não remunerado chamado "O Evangelho em 3 Minutos" que reúne os comentários que faço da Bíblia em minhas leituras matinais. Mesmo esquema: escrevo, distribuo para quem quiser copiar, transformo em livros, depois em vídeos e finalmente em áudio, tudo também em um aplicativo do mesmo  nome para smartphones. Repito o processo para "O que respondi", um trabalho que reúne respostas a dúvidas de pessoas sobre a Bíblia. Percebe como é possível trabalhar uma vez com a cabeça (na hora de escrever) e multiplicar os resultados em multimídias?


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