Pode acontecer do cliente ter verba limitada para apresentar uma palestra para cada turno de sua empresa ou para as várias filiais. Em casos assim o cliente costuma solicitar uma palestra pré-gravada em vídeo para distribuir entre as várias audiências ou uma apresentação com retransmissão simultânea para diferentes unidades da empresa.
A experiência mostra que uma palestra em vídeo perde muito, quando comparada com uma apresentação ao vivo. O magnetismo exercido pela presença pessoal é perdido, não há interação com o público e o próprio palestrante não tem a mesma performance diante de uma câmera. Não é fácil falar olhando para uma câmera, sem poder ler as reações de seu público e se adaptar a esse feedback contínuo que acontece em um evento ao vivo. Isso deve ser levado em consideração pelo seu cliente, que deve estar ciente da perda na performance.
Em casos assim, uma palestra de uma hora e meia acaba se tornando cansativa no vídeo e, portanto, esta deve ter um formato mais de programa de TV do que de palestra, e não pode passar de 30 minutos (o ideal são vinte minutos). O perfil do público também influi.
Se estivermos falando de um público formado por acadêmicos ou profissionais de nível superior, acostumados a longas aulas teóricas e a manter a atenção, então o vídeo terá um efeito melhor do que em uma platéia formada, por exemplo, por trabalhadores que não estejam acostumados a esse tipo de apresentação e que sejam facilmente distraídos. Logo a platéia se mostrará inquieta, a menos que estejam vendo um comediante, um mágico ou malabarista.
Quanto menos sofisticada for a audiência, maior o apelo para o visual e menor o conteúdo conceitual. Portanto, o trabalho pode ser feito, desde que você tenha experiência no trato com a câmera e o cliente entenda esses detalhes.
Se quiser assistir um exemplo de palestra feito em estúdio, veja este breve trecho de uma palestra sobre gestão do conhecimento, quando falei de ética nas empresas. O público era formado por gerentes que assistiam à palestra por um canal de tv corporativa.
No estúdio havia 3 câmeras, uma de corpo inteiro à qual eu me dirigia para falar de generalidades, uma de meio corpo para o conteúdo principal, e outra em close, para a qual eu me voltava quando queria enfatizar alguma coisa. Obviamente o tema é mais acadêmico e sem grande impacto motivacional ou humorístico, como acontece mais em minhas palestras ao vivo.
Dicas do palestrante Mario Persona para palestras, palestrantes, mestres de cerimônia, comediantes, oradores, conferencistas, professores, advogados, políticos, estudantes, apresentadores, líderes, repórteres, jornalistas, formadores de opinião...
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01/06/2007
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