Isso mesmo, esta é a surpresa de alguns quando visitam este blog. Por que razão eu estaria "entregando o ouro para o bandido", ou seja, dando dicas para aqueles que podem ser meus concorrentes?
A verdade é que neste segmento sempre existe lugar para mais um, pois não depende apenas de conhecimento, mas de talento. E sempre há alguém mais talentoso do que eu para ensinar aquilo que eu mesmo não tive oportunidade de aprender. Talvez você seja alguém assim.
O estilo também é importante na atividade do palestrante, e isso funciona um pouco como na música. Você pode ter um milhão de amigos cantando músicas do Roberto Carlos, mas Rei só tem um. Alguém que tente fazer uma palestra exatamente com o conteúdo de uma palestra minha certamente não irá ser a mesma coisa. Poderá até sair-se melhor do que eu para outro evento, outro público e outro cliente, mas nem tanto para o meu público ou o segmento que eu atendo.
Por isso dou dicas, ensino e não me preocupo muito com essa neura de estar entregando o ouro ao bandido. Mas eu não seria sincero se fosse só esta a razão de ensinar palestrantes. É claro que existe outra, menos nobre. Quem você gostaria que fizesse aquela cirurgia em seu coração, um cardiologista ou um professor de cardiologia?
Agora, para não dizer que não ensinei nada aqui, anote esta dica:
Crie temas adequados às necessidades das empresas e dos clientes pensando também nas datas importantes. Por exemplo, "Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho", "Semana do Meio Ambiente", "Semana da Enfermagem", "Semana da Administração", "Semana de Contabilidade" e por aí vai. Gostou da dica? Então pode começar a trabalhar seus temas e providenciar para que sejam encontrados em seu site.
Dicas do palestrante Mario Persona para palestras, palestrantes, mestres de cerimônia, comediantes, oradores, conferencistas, professores, advogados, políticos, estudantes, apresentadores, líderes, repórteres, jornalistas, formadores de opinião...
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17/04/2009
Um palestrante que ensina outros palestrantes?
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04/04/2009
Imprevistos, do palestrante ou do evento
Imprevistos acontecem, e o palestrante deve estar pronto a evitá-los e contorná-los. Obviamente até palestrantes são seres humanos, sujeitos a doenças, acidentes e até à morte, portanto sempre existe a possibilidade de você não conseguir cumprir algo que prometeu. Mesmo assim, horários devem ser vistos como sagrados na carreira do palestrante, mas é importante saber administrar o horário também de outras pessoas para não queimar o seu filme.
Em uma palestra aberta ao público, quando viu que o número de pessoas presentes ao evento era pequeno, o promotor me segurou nos bastidores o máximo que pode esperando que mais gente chegasse. Com isso fiquei mais de uma hora preso no camarim e o público que efetivamente tinha chegado no horário ficou o mesmo tempo esperando. Adivinha quem eles pensavam que tinha se atrasado quando apareci no palco? O palestrante, evidentemente.
Em outro evento, um treinamento para profissionais liberais das 14 às 18 horas, o promotor me pegou no aeroporto insistindo que era seu costume levar o palestrante para almoçar em um ponto turístico da cidade, a uma distância considerável do local do evento. O restaurante atrasou o almoço, pegamos trânsito na volta e entrei na sala do treinamento correndo, suado, envergonhado e com as idéias em turbilhão. Cerca de 40 pessoas me esperavam há 30 minutos.
Em um evento com vários palestrantes, o palestrante que daria a primeira palestra da manhã simplesmente sumiu. Segundo o hotel, ele nem tinha dormido em seu quarto. Felizmente eu e outros palestrantes já estávamos ali e o cliente conseguiu alterar a grade de palestras do evento, o que de certa forma desapontou muitos participantes que vinham apenas para ver uma ou outra palestra de seu interesse e não encontraram o que queriam no horário planejado. Eu mesmo, que faria minha palestra à tarde, acabei fazendo de manhã, antes do almoço.
O palestrante sumido só foi aparecer na hora do almoço, com a roupa toda amassada, a barba por fazer, acompanhado de uma "amiga" que trouxe da noite. Nem preciso dizer que seu nome foi riscado da agenda do cliente. Fica aí o alerta para quem gosta de conhecer a noite de uma cidade estranha na véspera de uma palestra. Não digo que você irá agir de forma irresponsável como esse palestrante, mas sempre existe o risco de um assalto, um acidente ou uma comida diferente fazer mal bem na hora de sua palestra no dia seguinte.
Portanto, procure ao máximo minimizar os riscos e administrar seu tempo e também o das pessoas que acabarão interferindo no seu. Não aceite informações sem verificar. Eu mesmo caí numa armadilha quando acordei cedo no hotel onde seria um treinamento, desci à sala para preparar meu material e equipamento, e a encontrei fechada. Pedi informações na recepção e avisaram que a empresa tinha solicitado a sala a partir das 9 horas da manhã, ao contrário da informação que eu tinha, que era de iniciar às 8 horas. Como ainda eram 7 horas, voltei ao quarto. Retornei à sala cinco minutos após as 8 horas, só para encontrar todos os participantes presentes e me aguardando.
Até hoje só precisei cancelar uma presença em evento, apesar de muitas chegadas em cima da hora por culpa de vôos que atrasaram ou de situações como as que mencionei no início. A única vez em que precisei ligar para o cliente e suspender um treinamento que seria no dia seguinte foi quando minha mãe estava prestes a morrer vítima de câncer. Quando percebi que sua hora se aproximava, liguei para o cliente que entendeu perfeitamente a situação e conseguiu renegociar com o hotel e o buffet uma nova data. No dia seguinte, no horário do evento cancelado, eu estava ao lado de minha mãe quando ela deu o seu último suspiro.
Em uma palestra aberta ao público, quando viu que o número de pessoas presentes ao evento era pequeno, o promotor me segurou nos bastidores o máximo que pode esperando que mais gente chegasse. Com isso fiquei mais de uma hora preso no camarim e o público que efetivamente tinha chegado no horário ficou o mesmo tempo esperando. Adivinha quem eles pensavam que tinha se atrasado quando apareci no palco? O palestrante, evidentemente.
Em outro evento, um treinamento para profissionais liberais das 14 às 18 horas, o promotor me pegou no aeroporto insistindo que era seu costume levar o palestrante para almoçar em um ponto turístico da cidade, a uma distância considerável do local do evento. O restaurante atrasou o almoço, pegamos trânsito na volta e entrei na sala do treinamento correndo, suado, envergonhado e com as idéias em turbilhão. Cerca de 40 pessoas me esperavam há 30 minutos.
Em um evento com vários palestrantes, o palestrante que daria a primeira palestra da manhã simplesmente sumiu. Segundo o hotel, ele nem tinha dormido em seu quarto. Felizmente eu e outros palestrantes já estávamos ali e o cliente conseguiu alterar a grade de palestras do evento, o que de certa forma desapontou muitos participantes que vinham apenas para ver uma ou outra palestra de seu interesse e não encontraram o que queriam no horário planejado. Eu mesmo, que faria minha palestra à tarde, acabei fazendo de manhã, antes do almoço.
O palestrante sumido só foi aparecer na hora do almoço, com a roupa toda amassada, a barba por fazer, acompanhado de uma "amiga" que trouxe da noite. Nem preciso dizer que seu nome foi riscado da agenda do cliente. Fica aí o alerta para quem gosta de conhecer a noite de uma cidade estranha na véspera de uma palestra. Não digo que você irá agir de forma irresponsável como esse palestrante, mas sempre existe o risco de um assalto, um acidente ou uma comida diferente fazer mal bem na hora de sua palestra no dia seguinte.
Portanto, procure ao máximo minimizar os riscos e administrar seu tempo e também o das pessoas que acabarão interferindo no seu. Não aceite informações sem verificar. Eu mesmo caí numa armadilha quando acordei cedo no hotel onde seria um treinamento, desci à sala para preparar meu material e equipamento, e a encontrei fechada. Pedi informações na recepção e avisaram que a empresa tinha solicitado a sala a partir das 9 horas da manhã, ao contrário da informação que eu tinha, que era de iniciar às 8 horas. Como ainda eram 7 horas, voltei ao quarto. Retornei à sala cinco minutos após as 8 horas, só para encontrar todos os participantes presentes e me aguardando.
Até hoje só precisei cancelar uma presença em evento, apesar de muitas chegadas em cima da hora por culpa de vôos que atrasaram ou de situações como as que mencionei no início. A única vez em que precisei ligar para o cliente e suspender um treinamento que seria no dia seguinte foi quando minha mãe estava prestes a morrer vítima de câncer. Quando percebi que sua hora se aproximava, liguei para o cliente que entendeu perfeitamente a situação e conseguiu renegociar com o hotel e o buffet uma nova data. No dia seguinte, no horário do evento cancelado, eu estava ao lado de minha mãe quando ela deu o seu último suspiro.
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