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24/07/2009

Palestrante que não faz só palestras

Quando iniciei no segmento de palestras eu já era palestrante na empresa da qual era diretor. Na época minhas palestras tinham por objetivo promover nossos serviços e eu atuava como palestrante em grandes eventos públicos, ou em eventos que nós mesmos promovíamos nas principais capitais convidando clientes em potencial. Nestes eventos eu entrava como palestrante conceitual e um colega era o palestrante técnico.

Por ser diretor de comunicação e marketing da empresa eu tinha um bom relacionamento com a imprensa e escrevia colunas para alguns jornais. Tudo isso ajudou a promover meu nome e ficou muito mais fácil depois quando me lancei como palestrante. Mesmo assim o começo da carreira de palestrante não foi fácil, mas essa exposição prévia de alguns anos ajudou para que eu não fosse visto como um palestrante desconhecido.

As empresas contratam o palestrante mais pelo que ele aparece na mídia do que pelo que ele efetivamente conhece. É por isso que você encontra grandes palestrantes que não têm grande bagagem, e grandes bagagens que não conseguem se tornar grandes palestrantes por não terem uma boa exposição. Trocando em miúdos, é mais provável que um ator de novela se torne um grande palestrante do que um professor de física quântica.

Deixar um emprego fixo para se lançar neste mercado é possível, desde que você tenha uma reserva para se manter por um bom tempo. Como em qualquer negócio, geralmente a roda não começa a girar em menos de um ano. Se você não for conhecido na mídia, isso vai levar muito mais tempo.

Hoje a Internet ajuda muito, mas você precisa ter a certeza de que está realmente sendo visto e, principalmente, mencionado em sites e blogs alheios. O que os outros falam do palestrante é muito mais importante do que aquilo que o palestrante fala de si mesmo.

Se você tem um emprego fixo e pretende se ingressar no segmento de palestras, o melhor mesmo é tentar levar as duas atividades paralelamente enquanto puder, e só pular para o barco exclusivo das palestras quando este estiver mais abastecido do que o do emprego fixo. São poucos os palestrantes no Brasil que vivem apenas de palestras. A maioria dos palestrantes atua em consultoria, ensino e outras atividades.

Durante alguns anos eu mesmo dividi meu tempo de palestrante com o trabalho de professor universitário e de MBA, além de consultor e tradutor. Hoje, em função do número de palestras e treinamentos em minha agenda, deixei de lecionar e de atender novos clientes de consultoria. Mantenho apenas um relacionamento com editoras traduzindo livros acadêmicos, pois isto me ajuda a estar sempre atualizado.

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