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03/07/2014

e-Book de palestrante

Já escrevi bastante sobre o que acho do livro em formato impresso e de como as novas mídias irão dar cabo dele. É como a história do Cadillac: quando pesquisavam que carro as pessoas queriam comprar elas respondiam Cadillac, porém as vendas sempre caíam. Aí foram perceber que o nome "Cadillac", que era sinônimo de carro de luxo, não era mais comprado simplesmente porque a geração dos que cobiçavam ter um Cadillac estava morrendo (veja aqui em inglês).

Eu ainda não morri, mas já faz tempo que leio livros só em formato digital. Primeiro foi no Kindle, depois no Tablet de 8" e agora no Phablet de 6" que comprei e achei ideal. O Kindle, apesar da tela e-paper muito confortável para leitura, é limitado para quem está acostumado a ler e ao mesmo tempo checar e-mails, mandar um pensamento para as redes sociais ou interagir com uma chamada no Skype.



Então dei o Kindle de presente e comprei um Tablet, primeiro de 7" e com canetinha (que também logo foi de presente para alguém) e depois um de 8", que tinha um grande problema: quando eu queria ler um livro descobria que tinha me esquecido de ligá-lo na tomada para carregar. Já o Phablet é meu celular, então todos os dias me certifico de estar com a bateria carregada. Além disso um celular gigante de 6" é ótimo se você quiser se esconder de alguém na rua. Basta fingir que está telefonando. Ah, também dei o tablet de 8" de presente.


De volta aos livros, a geração dos leitores em papel está morrendo (o mesmo acontecendo com os leitores de jornal) e não existe caminho de volta. O futuro é do e-book e é por isso que o site Smashwords é hoje o maior distribuidor de e-books indie, ou seja, aqueles de autores que publicam seus próprios livros e circulam fora das grandes editoras. Creio que a maioria dos palestrantes se encaixe nesta categoria, pois ainda que existam sem-terra, sem-teto e sem-outras-coisas creio que não é muito bom para a marca o palestrante ser sem-livro.

O livro, mesmo que seja comprado apenas por sua família, é uma poderosa vitrine para a marca do profissional. Você diz que é professor universitário e as pessoas não esboçam qualquer reação (mesmo que tenha dado o sangue para conseguir diplomas e títulos). Aí você diz que é consultor e as pessoas exclamam: "Hmm...". Então diz que é palestrante e ouve um "Ah!". Mas quando diz que tem livro publicado pode esperar um "Uau!!". Mesmo que seu interlocutor seja analfabeto ou nunca tenha lido uma página.


Meus sete primeiros livros foram publicados por editoras e só quem passou pela experiência (e não é autor de best-seller) sabe que não é bom negócio quando você pode publicar em formato e-book ou mesmo impresso em serviços grátis sob demanda (on demand). Os meus impressos estão no Clube de Autores e e-book eu publico no Smashwords que se incumbe de espalhá-los por todos os grandes varejos de e-book. E o maior deles é o iTunes, da Apple.


Mas o iTunes deve estar com onda para o meu lado e querendo me agradar. Quando hoje fui passear por lá não acreditei que na lista dos livros mais vendidos abaixo dos U$ 10.00 eu estivesse atrás só de "A bruxa de Portobello" (Paulo Coelho) e na frente de "A culpa é das estrelas" (John Green) e "Cinquenta tons de cinza" (E. L. James). Acho que deve ser só no meu iTunes que isto acontece. Eu sei que quando faço buscas por "palestrante" logado no Google meu site aparece nos primeiros lugares, mas basta eu fazer logout que ele me esquece... Alguém aí quer conferir no iTunes?




Se quiser ler mais sobre o assunto e-book e mídias digitais, visite os links abaixo:


O futuro do Livro:


O futuro do Jornal:


O palestrante e o e-book
e-Book - Você ainda vai escrever um
O fim do livro
Parem as máquinas!
O atentado em Londres e o futuro do jornal

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