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05/02/2011

O palestrante coerente

Já devo ter dito aqui que sou cristão, convertido desde 1978, mas que não pertenço a nenhuma denominação religiosa e nem faço palestras em igrejas, organizações religiosas etc. Também não falo de minha fé ou da Bíblia nas palestras em empresas, porque o cliente não me contratou para isso e seria indelicado usar o tempo que ele contratou para trazer assuntos que não têm nada a ver com o tema que ele escolheu.

Para falar de minha fé tenho outros canais, como www.3minutos.net, www.respondi.com.br, www.stories.org.br e www.manjarcelestial.blogspot.com, todos eles criados e mantidos durante minhas horas de lazer. Através deles procuram-me alguns milhares de pessoas interessadas na fé cristã (somente os vídeos já receberam mais de 1,2 milhão de views). Através destes sites eu as atendo com o maior prazer e sem custo algum. Através de meu site profissional atendo empresas interessadas em marketing, comunicação, carreira e negócios, e eu as atendo com o maior prazer. E cobro para isso.

Considero importante e ético manter uma linha clara de separação entre o que é trabalho e o que é interesse pessoal, pois o prazer que temos em algumas coisas pessoais sempre poderá nos levar a perder de vista essa linha. Por perder essa linha é que a cristandade em geral acabou fazendo o caminho inverso, transformando a fé em um negócio lucrativo. Hoje, quando um palestrante diz que é cristão, a interpretação que os outros dão a isso é que, das duas uma: ou estão diante do bobo que entrega o seu dinheiro a um esperto, ou do esperto que tira o dinheiro dos bobos.

É claro que minha forma de agir é minha forma de agir, portanto não estou dizendo que outros palestrantes precisem agir assim. Refiro-me não somente ao fato de não falar de minha fé em palestras profissionais, mas também de não atuar profissionalmente em palestras para falar de minha fé. Por isso, se você estiver pensando em me contratar para falar em sua igreja, seja de minha fé ou de assuntos profissionais, pode esquecer. Por causa da confusão reinante no meio religioso, não atendo igrejas, organizações religiosas e nem dou entrevistas para publicações e emissoras de rádio e TV no meio religioso.

Mas não são apenas estas as restrições que coloquei em minha forma de trabalhar. Também não atendo a indústria do tabaco, bebidas alcoólicas, armas, munições e partidos políticos. Tenho razões pessoais para isso e elas têm a ver com uma conduta que considero coerente com minha maneira de pensar. Não me sentiria motivado a atuar nesses segmentos. Obviamente a sua maneira de pensar pode ser outra, mas é importante que também tenha suas linhas divisórias bem claras em sua mente, a fim de não prostituir sua consciência fazendo aquilo que não gostaria de fazer.

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