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18/08/2009

O palestrante-autor e a noite de autografos

Depois de publicar seu livro on demand, como ensinei no texto anterior, o palestrante vai precisar divulgá-lo. Além das opções normais de publicar em seu site, enviar uma mala direta ou anunciar na mídia, uma forma de divulgar é ter um lançamento ou noite de autógrafos, que pode acontecer várias vezes e em vários lugares para um mesmo livro.

Aqui também não será inteligente o palestrante gastar dinheiro, a menos que tenha condições de trazer um público considerável ao evento e ter certeza de que aquelas pessoas comprarão seu livro. Digo isto porque no Brasil nem todo mundo sabe o que é uma noite de autógrafos. Muita gente ainda acha que é uma oportunidade de ganhar um livro autografado, tipo uma noite de distribuição de amostras grátis.

Se preferir não investir, o palestrante pode optar por parcerias que podem ou não envolver uma palestra sua. Alguns promotores de eventos podem topar promover uma palestra mediante venda de ingressos que inclua um livro autografado, e aí também vai depender do peso do palestrante no mercado. Palestrantes de destaque vão ganhar na palestra, cobrando por ela, e na venda do livro, que deve ficar sempre a cargo de outras pessoas.

Não fica bem você descer do palco e ir correndo para a banca de livros fazer troco, conferir cheques, e ainda autografar. Neste momento as pessoas querem conversar com o palestrante-autor e não vê-lo atrás de um balcão.

Você pode também fazer uma parceria com algum dono de restaurante, bar, livraria, bufê ou qualquer estabelecimento que veja numa noite de autógrafos uma oportunidade para aumentar seu movimento. Inaugurações, estandes de feiras de empresas, eventos cívicos -- tudo pode ser aproveitado como oportunidade de divulgar e vender seus livros. O importante é que tenha público com o perfil adequado e que seu investimento seja o mínimo possível, aproveitando o momento criado por outros.

É bom lembrar que mesmo que não apareça ninguém em sua noite de autógrafos, o mais importante é o que a mídia vai dizer do evento, porque a mídia, formal ou de blogueiros, é que realmente irá multiplicar sua exposição.

Por exemplo, se você fizer as contas e achar que vai gastar mil dinheiros para lançar seu livro em uma livraria de shopping acompanhado de um coquetel, sugiro que use o dinheiro para comprar uma passagem para Nova Iorque.

Aí você arma uma mesa com seus livros no Central Park onde perceber que existe uma aglomeração e pede para alguém tirar fotos. Depois é espalhar seu release com o título “Brasileiro lança livro em pleno Central Park de Nova Iorque”.

Quem você acha que vai aparecer mais na mídia, você ou o Paulo Coelho em noite de autógrafos em alguma livraria por aí? O Paulo Coelho, claro, mas mesmo assim você vai aparecer mais do que se estivesse lançando seu livro em outra livraria do mesmo shopping.

11/08/2009

Palestrante e escritor

Já falei aqui de como um livro ajuda na imagem do palestrante. O livro faz o palestrante subir de status, já que escrever um livro é o sonho de todos nós. Mesmo assim, escritores são raros porque as pessoas preferem gerar filhos, que é considerado lazer, a plantar árvores e escrever livros, que exigem trabalho.

Se você é um palestrante que conseguiu escrever seu livro, já deve estar se sentindo esgotado depois da milésima porta que levou na cara das editoras que consultou. A solução é partir para a auto-publicação. A menos que você tenha uma centena ou mais de compradores certos, tipo família grande e todo mundo devendo favores, não invista seu dinheiro na impressão de seu livro.

A razão é simples: seu carro vai passar o resto da vida ao relento, porque a garagem vai ficar cheia de livros encalhados. O segredo do mercado de livros não está em imprimir, mas em distribuir. A menos que você consiga colocar seu livro no esquema editora-distribuidora-livraria, é melhor mandar imprimir só um exemplar e vender daqui a mil anos como livro raro.

Ou então usar os serviços de impressão sob demanda ou on demand para publicar sem gastar. Aliás, esta é a verdadeira essência do “publicar”, que é tornar público sem necessariamente “imprimir”. O livro fica disponível na Internet e só é impresso quando alguém compra. Os serviços que conheço são Lulu.com (EUA), CreateSpace.com (Amazon EUA), Clube de Autores (Brasil) e Bubok (Portugal).

O seu custo será zero, se você não precisou gastar com ghost-writer, revisor de texto e designer de miolo e capa. Mas seria uma boa idéia gastar nisso tudo se você não tiver talento para escrever, seu texto ser recusado pelo corretor ortográfico do Word, ou decidir usar a pintura a dedo de seu filhinho como capa.

20/06/2009

Palestrante escritor

Você não precisa ser escritor para ser palestrante, e nem todo escritor é palestrante. Portanto, se você deseja ser palestrante, mas não sabe escrever o suficiente para ter um livro, não se preocupe com isso. Ninguém é menos palestrante por não ser escritor.

Mas o livro é importante para a carreira do palestrante, pois além de criar uma aura de alguém erudito, permite que suas idéias permaneçam mesmo quando ele para de falar. Se você for um palestrante com pouca habilidade para escrever, contrate um ghost writer para colocar suas idéias no papel.

Geralmente quando o palestrante pensa em em escrever, pensa em livros, mas essa é uma visão limitada. Se por um lado o interesse por livros tem caído nos últimos anos com a competição das novas mídias, a atividade de escrever só tem crescido. Se um dia os livros deixarem de existir, os escritores continuarão existindo.

Todo tipo de mensagem, seja ela em formato texto, áudio ou vídeo, acaba tendo um escritor por trás. Quando o Jô fala em seu programa, ele não fala tudo de si, mas fala o que sua equipe escreve. Quando o âncora do telejornal fala, ele lê o que outro escreveu. A novela nada mais é do que um romance escrito por alguém e levado à tela em capítulos diários.

Quando os roteiristas de Hollywood fazem greve, o Brad Pitt fica mudo. Quando a equipe de escritores de humor do David Letterman para, o David perde a graça. Todos eles dependem dos textos dessas mentes extraordinárias que trabalham nos bastidores.

Mas, infelizmente, ainda tem muito jovem talentoso olhando para o mercado com as lentes do passado. Jornalistas, em especial, sonham trabalhar numa daquelas redações da década de sessenta, sem perceber que tem cada vez menos gente lá.

Como palestrante, ganho dinheiro escrevendo, mas não vendendo livros, porque não são best-sellers. Meus livros eu escrevi para ganhar dinheiro como palestrante, e eles têm ajudado. Escrevo meu blog com a mesma intenção (exceto meus blogs e vídeos onde falo de minha fé). É por isso que não levo livros para vender em palestras, e nem insisto para o cliente comprar meus livros, porque quando vou fazer uma palestra o objetivo do livro já foi atingido, que é o de ajudar no fortalecimento de minha marca e gerar contratos.

Escrevo o tempo todo, e não apenas pensando em livros. Até as entrevistas eu procuro dar por escrito (ou gravo enquanto falo) para ter depois material para meu site ou para transformar em matéria da TV Barbante. Aliás, escrever traz também surpresas agradáveis, como saber que meus textos têm sido usados em várias provas de concursos públicos. Se você pretende prestar concurso, comece a ler meus textos...

Resumindo tudo, eu não seria o palestrante que sou se não fosse escritor, mas poderia ser palestrante assim mesmo. Portanto, qualquer palestrante que tenha alguma inclinação para as letras deve traçar sua estratégia de carreira com a seguinte pergunta em mente: como posso capitalizar em cima de meus textos? Na maioria das vezes a resposta não será "escrevendo um livro" ou vendendo seus textos, mas simplesmente ajudando as pessoas com a disseminação da informação que você tem para transmitir.

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