Falar em público gera muita adrenalina, porque você nunca tem o total controle da situação e nem sempre é possível prever como o público vai reagir. Nunca existe uma segurança de que as coisas vão sair bem. Então você entra no palco, sempre sabendo que algo poderá dar errado e que os olhares poderão ser contrários.
E tem o humor da platéia. Você pode pegar a platéia num mal dia! Ela é um organismo, às vezes acorda bem, às vezes acorda mal, está de bom ou mau humor. Tem também a influência do horário e o tempo que você tem para falar. Então, o palco é um lugar perigoso, quando você entra tem alguns minutos para descobrir em que ambiente está andando para depois começar a desenvolver.
Creio que todo palestrante sente isso, mas há alguns receios. Eu tive cãimbra no meio de uma palestra. Meu pé sofreu cãimbras terríveis e eu não podia fazer nada, eu tinha simplesmente que continuar, me posicionar da melhor maneira que eu pudesse!
Existem essas coisas, mas existe também a gratificação de terminar uma palestra e a pessoa dizer: “Mário, eu precisava ouvir isso!” Ou algo deste tipo. Já recebi e-mails que me deixaram emocionado. Depois de uma palestra que eu achei que não foi legal, em que eu senti que não estava nos meus melhores dias, recebi e-mails de pessoas dizendo que era exatamente aquilo que elas precisavam escutar, que aquilo ajudou muito na carreira.
Fora outras pessoas que escrevem depois de meses após algum evento e dizem que hoje estão em uma determinada posição, ou trabalhando em um determinado lugar e agradecem os conselhos e conceitos que compartilhei. Isso é muito importante e gratificante para qualquer pessoa que trabalhe na área de palestras, como para professores também, que têm muito em comum com o palestrante neste sentido.
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08/02/2007
Adrenalina e recompensa
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